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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A Primeira Epístola do Apóstolo Paulo aos TESSALONICENSES

 

Autor O autor desta epístola identifica-se como o apóstolo Paulo (1.1; 2.18). A autenticidade de 1 Tessalonicenses tem ocasionalmente sido desafiada, mas com notável falta de sucesso.

A contribuição de Silas e Timóteo ao conteúdo das cartas tessalonicenses não pode ser detectada com alguma certeza. Continua sendo possível que certas peculiaridades destas cartas, em comparação com o restante dos escritos de Paulo, sejam devidas à influência de qualquer destes associados íntimos de Paulo.

Data e Ocasião Paulo escreveu a primeira carta aos Tessalonicenses quase certamente quando estava em Corinto, onde Silas e Timóteo, remetentes com ele destas cartas, estavam com ele reunidos (At 18.5; 2Co 1.19). A carta foi muito provavelmente escrita em 50 ou 51 d.C., com 2 Tessalonicenses logo em seguida. Portanto, 1 e 2 Tessalonicenses estão entre as primeiras cartas que temos das mãos de Paulo, sendo que somente Gálatas tem alguma reivindicação razoável de ser anterior. (Introdução a Gálatas).

Paulo escreveu 1 Tessalonicenses depois de ter recebido um relatório de Timóteo a respeito do estado da congregação tessalonicense (3.6,7). Paulo escreve com alegria e alívio que os tessalonicenses estavam continuando firmes na fé a despeito da partida prematura de Paulo e de seus colaboradores, e a despeito da perseguição que ainda sofriam de facções hostis.

A cidade de Tessalônica recebeu esse nome por causa da meio-irmã de Alexandre o Grande. Foi fundada em cerca de 315 a.C. por seu marido, o rei Cassandro da Macedônia. Nos tempos romanos Tessalônica era uma capital provincial com mais de 200.000 habitantes.

Em sua segunda viagem missionária, Paulo e seus companheiros Silas e Timóteo tinham vindo a Tessalônica pela estrada de Filipos, onde haviam sido “maltratados e ultrajados” (2.2). Atos 17.2 registra que Paulo pregou e arrazoou nas sinagogas por três sábados sucessivos.

A congregação era predominantemente gentia. Isto indica que um bem sucedido ministério entre os gentios continuou depois que o acesso de Paulo à sinagoga foi cortado. Durante sua estadia em Tessalônica, que não deve ter durado mais de alguns meses, os missionários receberam mais de uma contribuição para seu sustento, da igreja de Filipos (Fp 4.15,16). Isto, combinado com ganhos de seus próprios trabalhos (2.9; 2Ts 3.7,8) significava que eles eram capazes de sustentar-se sem depender dos tessalonicenses. Seu exemplo de comportamento humilde e diligente era uma repreensão à minoria na igreja que queria deixar de trabalhar para viver.

Finalmente, membros da comunidade judaica recrutavam homens inescrupulosos para despertar animosidade contra os cristãos. Houve um tumulto, e vários cristãos, inclusive um judeu convertido chamado Jasom, foram arrastados perante as autoridades. Jasom e os outros foram forçados a depositar dinheiro como fiança, para garantir que a igreja não causaria problemas. Paulo, Silas e Timóteo foram arrebatados pelos crentes sob o escuro da noite e logo se encontraram em Beréia, a oeste (At 17.5-10).

Características e Temas Um rico veio de ensinamentos sobre os últimos dias corre através das cartas Tessalonicenses. A pregação de Paulo em Atenas, registrada em Atos 17, confirma que sua estratégia entre as audiências não judaicas, neste período, era destacar o juízo vindouro (4.6) que Deus havia colocado nas mãos do Cristo ressurreto.

A volta de Cristo ocorreria no tempo que Paulo chama de “dia do Senhor” (5.2; 2Ts 2.1 nota). Neste dia haverá uma ressurreição dos justos para herdar a salvação na presença do Senhor (4.16; 5.10), e dos ímpios (pressuposta por Paulo, embora nunca declarada explicitamente) para serem eternamente separados de Cristo (2Ts 1.9). O fim será precedido por uma disseminada apostasia e pela aparição do “homem da iniqüidade” (2Ts 2.3). Uma vez que esta pessoa ainda não tinha aparecido, aqueles da congregação que estavam dizendo que o “dia do Senhor” já havia chegado estavam errados e deviam ser silenciados.

Outra notável característica das cartas é a afirmação de Paulo de que Cristo é divino, ainda mais contundente por causa da antiga data das cartas, e da natureza espontânea e não premeditada das referências. Várias vezes Cristo e Deus o Pai são postos juntos como a fonte comum de bênçãos divinas e a quem são dirigidas as orações (1.1; 3.11; 2Ts 1.1, 2, 12; 2.16; 3.5). No uso feito por Paulo da expressão do Antigo Testamento “dia do Senhor”, na qual “o Senhor” é agora revelado como sendo o Senhor Jesus Cristo (5.2; 2Ts 2.2), há uma designação semelhante das prerrogativas da deidade a Jesus Cristo (5.2 nota). A obra unida das três Pessoas da Trindade é mencionada em 2Ts 2.13,14.

Esboço de 1 Tessalonicenses

I. Saudação (1.1)

II.. História (1.2 - 3.13)

A. As bases de Paulo para as ações de graças (1.2 - 2.16)

1. Sua eleição mostrada em fé, amor e esperança (1.2-10)

2. O frutífero ministério dos missionários entre eles (2.1-12)

3. Seu recebimento do evangelho como a Palavra de Deus (2.13-16)

B. A ausência de Paulo explicada (2.17—3.10)

C. A oração de Paulo (3.11-13)

III. Instrução (4.1—5.22)

A. Ética (4.1-12)

1. Moralidade sexual (4.1-8)

2. Amor fraternal e testemunho (4.9-12)

B. Escatologia ( 4.13 - 5.11)

1. Os mortos (4.13-18)

2. O dia do Senhor (5. 1-11)

C. Vida Congregacional (5.12-22)

IV.Oração final, incumbências e bênção (5.23-28)

Fonte: Bíblia de Genebra

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