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segunda-feira, 23 de junho de 2014

ORAÇÃO NA TEOLOGIA DE CALVINO




Wilhem Niesel, The Theology of Calvin, p. 152-158.

1. A necessidade e o caráter essencial da oração
Niesel afirma quanto à necessidade e caráter essencial da oração o seguinte: “A comunhão a qual nós experimentamos com Cristo através da fé não é um fato objetivo permanente, mas o dom de Deus o qual torna uma realidade para nós exclusivamente através do poder do Espírito Santo operando em resposta a nossa fé”; “a disciplina da cruz é necessária para manter viva em nossos corações”.

Niesel afirma: “Oração é um dos frutos da penitencia o qual Deus tem despertado dentro de nós” (p. 152) e declara que Calvino dá uma definição muito exata e simples da essência da oração: “Oração nada mais é que uma expansão de nosso coração na presença de Deus” (p 153).

2. Cristo e a oração

Na última citação, tomada das Institutas de Calvino, encontra-se uma importante indicação que nos dá uma chave para entendermos a oração em Calvino. Nós pecadores e mortais homens somos capazes para achegar-se a Deus e para falar com Ele porque Ele primeiro falou a nós e deu-nos suas promessas. Calvino repetidamente enfatiza este aspecto. Deus em Si mesmo convida-nos para falar diante Ele”. “Nós mesmos não podemos por nossos recursos fazer um caminho até Deus. Ele é o Deus em Si mesmo que preparou-nos um caminho de aproximação. Na Sua Palavra nós aproximamos dEle. Ela dá-nos a certeza que nossa oração irá ser ouvida por Ele.” “Pela Palavra da promessa descansa o Concerto o qual Deus tem feito conosco. Nós podemos chegar a Deus em confiança devido o fundamento do Concerto em que Ele tem declarado Seu desejo de ser nosso Deus.Nenhuma dúvida aqui é possível, ´Pelo sangue de nosso Senhor Jesus Cristo selou o pacto o qual Deus tem concluído conosco.” (p. 153). “Em Jesus Cristo nós encontramos a verdadeira base sobre a qual nós podemos aproximarmos de Deus na oração” (p. 153). “Porque Jesus Cristo não é somente o preparador do caminho: Ele é o caminho. Sua obra expiatória não é meramente a base sobre a qual nós podemos construir, mas ela sustém e faz efetiva nossa orações em qualquer momento” (p. 154). “O oficio sacerdotal de Cristo torna possível nossas orações para Deus ser cumpridas sem pausa” (p. 154).


3. O Espírito Santo e a oração
“Nenhuma oração é possível sem a Palavra, sem a Palavra Encarnada, e a contínua intercessão da Palavra por nós”. “Como nós não podemos orar a menos que a Palavra preceda-nos, assim antes de orar, nós devemos crer” (p. 155). “Antes de proferirmos a oração nós devemos ter recebido o primeiro fruto do Espírito. Porque ele apenas é o próprio mestre da arte de orar. Ele não somente inspira-nos as palavras, mas guia-nos os movimentos de nossos corações” (p. 155). “É o Espírito que nos aproxima do Filho, através do Espírito do qual Deus age e nos aceita como seus filhos por causa de Cristo” (p. 155).

4. A Igreja como esfera da oração
 “A esfera na qual a oração é propriamente exercitada é a Igreja”. “O corpo de Cristo, a igreja, pode orar a Deus porque o Cabeça Jesus Cristo, incessantemente intercede por nós diante do trono do Pai” (p. 156).

5. A finalidade da oração
O propósito da oração é comunhão com Deus. Em Jesus nós encontramos comunhão com deus e todo dom que nós necessitamos. Não existe oração sem as primícias do Espírito, i.e. sem comunhão com Cristo” (p. 158).

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