1. A necessidade e o
caráter essencial da oração
Niesel afirma quanto à
necessidade e caráter essencial da oração o seguinte: “A comunhão a qual nós
experimentamos com Cristo através da fé não é um fato objetivo permanente, mas
o dom de Deus o qual torna uma realidade para nós exclusivamente através do
poder do Espírito Santo operando em resposta a nossa fé”; “a disciplina da cruz
é necessária para manter viva em nossos corações”.
Niesel afirma: “Oração é um dos
frutos da penitencia o qual Deus tem despertado dentro de nós” (p. 152) e
declara que Calvino dá uma definição muito exata e simples da essência da
oração: “Oração nada mais é que uma expansão de nosso coração na presença de
Deus” (p 153).
2. Cristo e a oração
Na última citação, tomada das Institutas
de Calvino, encontra-se uma importante indicação que nos dá uma chave para
entendermos a oração em Calvino. Nós pecadores e mortais homens somos capazes
para achegar-se a Deus e para falar com Ele porque Ele primeiro falou a nós e
deu-nos suas promessas. Calvino repetidamente enfatiza este aspecto. Deus em Si
mesmo convida-nos para falar diante Ele”. “Nós mesmos não podemos por nossos
recursos fazer um caminho até Deus. Ele é o Deus em Si mesmo que preparou-nos
um caminho de aproximação. Na Sua Palavra nós aproximamos dEle. Ela dá-nos a
certeza que nossa oração irá ser ouvida por Ele.” “Pela Palavra da promessa
descansa o Concerto o qual Deus tem feito conosco. Nós podemos chegar a Deus em
confiança devido o fundamento do Concerto em que Ele tem declarado Seu desejo
de ser nosso Deus.Nenhuma dúvida aqui é possível, ´Pelo sangue de nosso Senhor
Jesus Cristo selou o pacto o qual Deus tem concluído conosco.” (p. 153). “Em
Jesus Cristo nós encontramos a verdadeira base sobre a qual nós podemos aproximarmos
de Deus na oração” (p. 153). “Porque Jesus Cristo não é somente o preparador do
caminho: Ele é o caminho. Sua obra expiatória não é meramente a base sobre a
qual nós podemos construir, mas ela sustém e faz efetiva nossa orações em
qualquer momento” (p. 154). “O oficio sacerdotal de Cristo torna possível
nossas orações para Deus ser cumpridas sem pausa” (p. 154).
3. O Espírito Santo e a oração
“Nenhuma oração é possível sem a
Palavra, sem a Palavra Encarnada, e a contínua intercessão da Palavra por nós”.
“Como nós não podemos orar a menos que a Palavra preceda-nos, assim antes de
orar, nós devemos crer” (p. 155). “Antes de proferirmos a oração nós devemos
ter recebido o primeiro fruto do Espírito. Porque ele apenas é o próprio mestre
da arte de orar. Ele não somente inspira-nos as palavras, mas guia-nos os
movimentos de nossos corações” (p. 155). “É o Espírito que nos aproxima do
Filho, através do Espírito do qual Deus age e nos aceita como seus filhos por
causa de Cristo” (p. 155).
4. A Igreja como esfera da oração
“A esfera na qual a oração é propriamente
exercitada é a Igreja”. “O corpo de Cristo, a igreja, pode orar a Deus porque o
Cabeça Jesus Cristo, incessantemente intercede por nós diante do trono do Pai”
(p. 156).
5. A finalidade da oração
O propósito da oração é comunhão com Deus. Em Jesus nós
encontramos comunhão com deus e todo dom que nós necessitamos. Não existe
oração sem as primícias do Espírito, i.e. sem comunhão com Cristo” (p. 158).
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