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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

A Singularidade de Cristo

 

Russel P. Shedd

A palavra “singularidade”, aplicada a Cristo, significa sua imparidade: Ele é absolutamente incomparável. Fico admirado com a seguinte referência feita por Charles Misner: Albert Einstein achou que a existência do Universo é uma questão religiosa; sendo judeu, era natural que ele pensasse assim. Mas, não se interessava por freqüentar uma igreja. A razão de Einstein não ter tempo para visitar uma igreja é que, para ele, os pastores blasfemavam, ou seja, quando falavam sobre Deus não tinham suficiente respeito pelo Criador do Universo. E nós? Será que temos suficiente admiração e reconhecimento à SINGULARIDADE DE JESUS? Lembremo-nos daquele escritor de Londres, que tem um alto preço na cabeça, porque, no seu livro Versos Satânicos, segundo a acusação, não reconheceu a importância de Maomé. Por isso, deve ser morto. Imagine quantos de nós seríamos mortos, se fôssemos acusados de não reconhecer a singularidade de Jesus!

Meu plano é o de buscar oito relações de Jesus que mostram sua incomparabilidade com Buda, Confúcio, Sócrates, Moisés ou com qualquer outro. Ele é singular na história da humanidade. Escolhi a idéia de relacionamento por causa de Missões - que tem a tarefa de relacionar Deus com a humanidade.

EM RELAÇÃO A DEUS - PAI

a) Cristo é o resplendor da glória divina e a expressão exata do seu Ser. Jesus é um com Deus, como também é Deus - tudo isto confunde mentes finitas como as nossas. Ele compartilha a glória divina e sempre a compartilhou; é amado do Pai e ama o Pai. Este relacionamento entre Cristo e o Pai é um tipo particularmente revelador. Ele é Deus unigênito, o que estava no peito do Pai, com um relacionamento muito próximo (Jo 1,18). É Ele que faz exegese ou exposição de Deus. Disse Jesus a Filipe: "Se quiser saber como é Deus, olhe para mim. Quanto tempo tenho estado com vocês e vocês não me viram ainda?" (Jo 14,9s). Em outros termos: não o viram na realidade, como expressão exata ser de Deus. Naturalmente, há aspectos em que a encarnação limita esta expressão, mas, quanto à sua personalidade, Jesus é a expressão exala de Deus. Pedro afirma: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. (MI 16,17). Quanta tinta vem sendo despejada no papel para descrever o que significa o termo "Filho de Deus". Obviamente gerado, mas sem o papel de relação conjugal. Portanto, Ele é singular na sua filiação em comparação conosco. Qualquer teologia que identifica a filiação de Jesus e a nossa simplesmente não entende a Palavra de Deus. O estudioso C. S. Lewis discorre sobre esta verdade, no livro Cristianismo Puro e Simples (ABU Editora) - altamente recomendado.

b) Em relação ao Pai, Jesus aprendeu a obedecer ao Pai: Pelas coisas que Ele sofreu, aprendeu a obediência. (Hb 5,8). Nós sumos obedientes apenas quando queremos. Jesus não tinha sido testado em relação ao Pai e nunca pediu algo que o Pai não queria fizer. Parece que no jardim do Getsêmani é que Ele aprendeu algo sobre obediência. Ele é coerente com o Pai. Fomos retirados do império das trevas e colocados no Reino do seu Filho Amado (Cl 1,13]. Este mesmo Reino é o Reino de Deus em muitos textos. No fim, depois de colocar todos os inimigos debaixo dos seus pés, Cristo entregará o Reino de volta ao Pai, para que Deus seja tudo em todos (1Co 15,24).

c) Em relação ao Pai, Jesus é o caminho, o apresentador, de maneira que ninguém pode chegar ao Pai sem ser por Ele. Isso tem uma profunda implicação para Missões. Há pessoas que dizem que crêem em Deus (veja o caso dos muçulmanos), mas o deus do islamismo não tem filho nem espírita, como tem o nosso Deus. Em outras palavras: por negarem a Trindade não crêem no mesmo Deus em que nós cremos. Só se pode chegar a Deus pelo Filho.

EM RELAÇÃO AO UNIVERSO

a) A Bíblia ensina que Jesus é o desenhador e o agente da Criação. O Pai, em termos humanos, disse ao Filho: "Faça um Universo para mim." E o Filho respondeu: "Eu faço." A Bíblia diz que [orlas as coisas falam feitas por Ele, visíveis e invisíveis; nada que se fez chegou a existir sem Ele (Jo 1,3; Cl 1,16). Então, tudo o que existe, as maravilhas que os homens ainda estão descobrindo, tudo tem o toque de Jesus Cristo.

b) É Jesus que mantém o Universo. Se Ele quisesse, o Universo voltaria para o nada. Seria muito interessante ver o Universo todo como uma bola sólida, composta de prótons, elétrons e neutrons em perfeito equilíbrio antes do "Big Bang"- se os cientistas estivessem certos. Mesmo assim, foi Cristo que fez essa "bola"! Cremos que todas as existências e inteligências sem carne foram criadas por Ele (Cl 1,16). ISSO tem uma implicação importante para quem trabalha entre povos dominadas por poderes satânicos.

EM RELAÇÃO AO MUNDO

a) Jesus é o abençoador do mundo. Em ti serão benditas todas as famílias do mundo (Gn 12,3). ISSO inclui todas as raças. Ele é o presente de Natal que Deus deu ao mundo'(Jo 3,16); é o Cordeiro sacrificial que tira o pecado do mundo. É fascinante ler em Apocalipse a descrição, segundo a qual, algumas décadas depois de Cristo morrer na cruz, Ele ainda estava ferido ao pé do trono (Ap 5,6). Essa cena mostra, conforme foi revelado ao apóstolo João, o relacionamento entre o Rei e o Cordeiro sacrificial. O mundo necessita do sacrifício de Cristo para alcançar a reconciliação com Deus.

b) Ele é o Mediador entre Deus e os homens; é singular como o Salvador do mundo (Jo 4,42). Salvador significa "libertador", "curador". A palavra salvar significa curar. Estando este mundo fatalmente doente, Missões é a tarefa de levar o remédio chamado Jesus. Como o Médico dos médicos, Ele se oferece para curar este mundo doente.

c) Ele é a Luz do mundo, isto é, onde se comunica Jesus as coisas são iluminadas. Ele muda o cenário do mundo, como o Sol, ao despontar, irradia a luz em toda parte (Jo 8,12J . Ele não só revela o que está errado como também dá vida. Como a luz é essencial à vida, Jesus é necessário ao mundo.

d) Ele é o servo do mundo. O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar sua vida em resgate do mundo. (Mc 10,45). Isaías (cap. 42 - 53) descreve o Senhor como o servo sofredor, que carrega os pecados de seus companheiros. Israel é descrito, no texto de Isaías, como se estivesse identificado com o Servo. Ele resgata Israel com a sua morte e ressurreição.

e) Ele reverte o papel do primeiro Adão, recriando a raça. Isto Adão não podia fazer, mesmo se arrependendo em cinzas, durante os novecentos anos que viveu. Cristo é declarado o último Adão porque, por meio dele, existe uma nova criação (1Co 15,45; 2Co 5,17).

EM RELAÇÃO À CARNE

a) Jesus se encarnou de forma singular - A palavra carne, no Antigo Testamento, "bassar", significa essa massa de humanidade com todas as suas características e fraquezas. Note a importância da encarnação: todas as predições do Antigo Testamento, relacionadas com a vinda de Cristo, se referem a sua carne. Não temos, creio eu, nenhum texto que claramente distinga Jesus como apenas espírito. Por exemplo, em Isaías, Ele é descrito como Deus forte encarnado. Um menino nos foi dado, uma criança nasceu (Is 9,6). Esta é uma referência ao nascimento de Cristo na carne. João revela que os demônios têm horror de admitir a encarnação de Jesus. Devemos testar os espíritos, isto é, investigar se eles admitem que Jesus veio em carne. Assim, podemos saber se eles são emissários satânicos ou não. A encarnação de Jesus é uma doutrina bíblica fundamental. Os gnósticos, como os dos primeiros séculos, e outros grupos que negam a encarnação, na realidade estão aliando-se com o próprio demônio. Paulo afirmou que Jesus nasceu de uma mulher, debaixo da Lei (Gl 4,4) e que Ele é o fim da Lei (Rm 10,4). Ele cumpriu a lei em nosso lugar; lutou contra satanás em nosso lugar e venceu; Ele nasceu da virgem para, em nosso lugar, cumprir a Lei e, assim, ser nosso representante diante de Deus. Jesus refuta as acusações satânicas contra os que não guardam a Lei e que devem, por isso, ser levados para o lado dele. O corpo de Cristo, formado pelo Espírito Santo no ventre de Maria, foi dado por Deus para que o Filho fizesse a vontade do Pai. Um corpo me preparaste para fazer a tua vontade (Hb 10,5ss). Essa é a verdade que Hebreus enfatiza e que Paulo concorda, dizendo que foi a obediência de Cristo que nos salvou. Jesus não apenas se encarnou, mas foi na carne que Ele obedeceu. Deus condenou o pecado na carne de Cristo (Rm 8,3), tal como Adão repassou pecado para nossa carne humana. Cristo, neste papel de obediência com seu corpo, transformou e reverteu, pela sua obediência, a condenação de pecadores como nós (Rm 5,15-19).

b) Jesus é o Filho do homem - O profeta Daniel, em uma visão, viu alguém celestial como se fosse um filho do homem. Essa visão é Jesus, que desce do Céu e se identifica com seu povo. A base da relação que existe entre o Filho do homem e os filhos humanos fornece o fundamento para toda a raça nova de Cristo. Filho do homem foi o termo favorito de Jesus, quando Ele descreveu a si mesmo. Ele usava este termo corporativo que comunica um indivíduo em solidariedade com muitos. Pela sua morte e ressurreição, traz vida para todos nós, através da encarnação.

c) Ressurreição - Sem corpo de carne, Jesus não poderia ressuscitar. Se Ele não houvesse ressuscitado, declara Paulo, não haveria esperança de ressurreição para ninguém (1Co 15, 16ss): fatalmente, daqui a um milhão de anos, ainda estaríamos naquele cemitério onde seremos sepultados. Mas, por causa da encarnação e ressurreição de Cristo, podemos esperar rever todos os nossos irmãos.

EM RELAÇÃO À IGREJA

a) Jesus é o arquiteto da Igreja - "Eu edificarei a minha Igreja", foi uma palavra que Ele deu após a revelação que o Pai fez a Pedro. "A minha Igreja", diz respeito à casa, à residência de Deus, o qual habitará na casa levantada por Cristo (Ef 2,22).

b) Jesus é Cristo-Rei - Jesus, quando foi exaltado e entronizado ao lado do Pai, foi entitulado Cristo e Senhor-ungido, Rei (At 2,36). Para sua Igreja, Cristo é Rei, aquele que tem autoridade suprema sobre seus súditos. Paulo diz que o mundo tem muitos senhores e muitos deuses, mas, para nós, seus servos, só existe um Deus e um Senhor (grego: Kýrios), Jesus Cristo (1Co 8,6), em relação à sua Igreja. Então, vemos que o senhorio de Cristo se relaciona com a nossa obediência; especialmente reforça a sua ordem para irmos e fazermos discípulos de todas as nações.

c) Cristo é cabeça da Igreja - Ser a cabeça, além de ser líder, significa idealizar e planejar o que vai acontecer. Então, quando queremos traçar algum projeto, se Cristo não for a cabeça, o projeto é capaz de falhar. Esta doutrina de Cristo como cabeça tem destaque na carta aos Colossenses; mas, se voltarmos para Coríntios ou para Efésios, encontramos uma ênfase pertinente ao Corpo de Cristo e não apenas à Cabeça. A cabeça está cheia de nervos, mas o corpo também o está. Ele é o líder, mas também é a pessoa que atua em nós através dos nervos, pois o corpo está ligado a Cristo mediante este contato vital. A figura de cabeça e corpo ilustra o essencial relacionamento entre Cristo e a sua Igreja.

Paulo escreve para os Coríntios: "Vós sois corpo de Cristo". E aos Efésios afirma que a Igreja toda do mundo inteiro é corpo de Cristo também. Então não importa onde você vive nem onde eu vivo, se fazemos parte do seu Corpo. Somos membros do corpo universal e membros da igreja local (1Co 12s.21-27). Nesta mesma referência, as expressões estar em Cristo e Cristo em vós mostram uma reciprocidade, em relação a Ele, que é a esperança da glória (Cl 1, 27). Mais de cem textos, nas Epístolas repetem a expressão "em Cristo" ou "nele". Em João 15, Jesus usou a figura da videira e dos ramos. Os ramos estão na videira porque há uma ligação entre eles. Estar em Cristo significa, então, reproduzir a sua personalidade na Terra. Sua humanidade, seu amor ao Pai e aos pecadores, sua compaixão, tudo deve manifestar este intercâmbio entre nós e Ele.

d) A Igreja é a herança de Cristo - Ele receberá a Igreja por herança. Todas as igrejas do mundo, habitadas pelo Espírito Santo, estarão incluídas (Ef 1,11). Isto quer dizer que Ele vai herdar, casar com a noiva, a Igreja. A segunda vinda de Cristo será o dia das Bodas do Cordeiro. A respeito do relacionamento entre Cristo e a Igreja, Efésios mostra que Ele morreu para salvá-la e apresentá-la a si mesmo, santa, gloriosa, sem qualquer falha, sem rugas ou mácula (Ef 5,25ss). Isso é um desafio imensurável, porque não entendemos como Deus purificará sua Igreja para que ela possa casar com o santo marido. Que milagre santificará a nossa vida particular e a vida da Igreja de Cristo!

e) Cristo é o Sumo Sacerdote - O livro de Hebreus enfatiza o que significa este ofício e nos incentiva a nos aproximarmos dele, pois Ele entende as nossas fraquezas, é compreensivo e compassivo (Hb 4,14; 5,10).

EM RELAÇÃO AO EVANGELHO

a) Cristo é o cerne do Evangelho - Não pregamos a nós mesmos, mas pregamos o Cristo e a nós mesmos como seus servos (2Co 4,5). Se tirarmos Cristo do Evangelho, não haverá mais nada das boas novas. Ele está envolvido em cada faceta das suas mensagens. Quem invocar o nome do Senhor pode ser salvo (At 4,12), mas quem não o conhece não pode clamar por Ele.

A história do dr. Maurice Rawlings, um cardiologista no Tennesee (EUA), revela a centralidade do nome de Jesus. Cuidava de um paciente quando, de repente, o monitor mostrou que o coração não batia mais. Ele pensou: "Este homem vai parar de falar e cairá." Isso aconteceu em alguns instantes. O estado de emergência imediatamente caracterizou o local. Segundos depois, os olhos do paciente voltaram a focalizar e a boca recomeçou a falar: "Doutor, estou caindo no inferno, me ensine uma oração." O doutor, sendo descrente, era cínico e relutante. Disse-lhe: "Eu sou médico, não sou pastor nem padre." O homem insistiu dizendo que nada precisava senão de uma oração, para ele não cair no inferno que acabara de avistar. Daí o médico, sem saída, sugeriu-lhe: "Fale o seguinte: Jesus Cristo, tu és Filho de Deus. Se tu me salvas do inferno, eu sou teu e vou te obedecer, vou ficar pendurado no teu gancho." Aquele paciente, quando proferiu tais palavras, naquele mesmo instante se salvou. O próprio médico ficou chocado: "Cuidado, se você não for crente, ao ensinar a alguém uma oração como esta, você pode ser salvo também." Daí ele escreveu o livro "Eles Viram o Inferno", uma obra que talvez ajude evangelizar pessoas que desacreditam no juízo divino.

Quem invocar com fé o nome do senhor será salvo (Rm 10,13). O primeiro credo da Igreja afirma isto: "Jesus é o Senhor". Mais uma palavra relacionada com o Evangelho: Ora, a vida eterna é esta: que te conheçam como um só Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, aquele que enviaste (Jo 17,3). Conhecer o cristo e o Pai nos assegura a vida eterna.

EM RELAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo e Cristo estão interligados de tal forma que quem separar um do outro comete um erro teológico fatal.

a) Jesus Cristo é o batizador singular no Espírito - Falar do batismo no Espírito (1Co 12,13) e não lembrar quem batiza seria tropeçar gravemente. Esta verdade encontra-se enraizada nos evangelhos e em Atos dos Apóstolos.

b) Ele é a pessoa que roga ao Pai que envie seu outro paracletos. João apresenta Jesus Cristo como nosso paracletos, nosso advogado, companheiro espiritual o tempo todo. Então Jesus vai chegar ao lado do Pai e pedir-Lhe que mande outro paracletos (Jo 14,16). A mulher de Samaria começou a pensar: "O que este rabino está me falando?" Jesus disse: "Se você conhecesse o dom de Deus e quem é que fala consigo, você pediria e receberia água viva em forma de uma fonte a jorrar." É claro que Jesus estava falando do Espírito Santo: Se alguém tem sede, venha até mim e beba porque, como dizem as Escrituras, do seu interior fluirão rios de água viva. (Jo 7, 37ss). Então venha e beba de Cristo. Quem, não chegando a Cristo, tentar beber do Espírito Santo pode descobrir que se envolveu com espíritos demoníacos. Quem batiza no Espírito Santo é Cristo. Ele glorifica o Senhor Jesus; portanto, o que o Espírito produz na vida do cristão é a personalidade de Cristo. Ele não é apenas o Espírito do Pai, mas também o Espírito de Cristo. E, notadamente, é o espírito que é portador da personalidade. Se for separado o meu espírito do meu corpo, este fica inerte, mas a personalidade se mantém intacta. Quando eu chegar na presença de Deus, após a morte, serei eu mesmo. c) A Palavra de Deus nos manda orar sempre no Espírito, o que exige também orar no nome de Cristo (Ef 6,18). Ele garante que, se pedirmos algo em seu nome, o Pai é glorificado na resposta que este nome abona. Isso é como pedir dinheiro do banco pelo nome de quem endossa um cheque: a autorização essencial se garante pela assinatura.

EM RELAÇÃO AO FUTURO

a) Jesus é o Senhor da História. Ele quebra os selos do Apocalipse e os selos representam o que vai acontecer. O primeiro selo do cavalo branco que sai para vencer e para segurar o que vence representa Jesus Cristo. O simbolismo aponta a futura história da evangelização e de Missões em toda a Bíblia, até o fim da História, Jesus prometeu a seus discípulos que os acompanharia até o fim (Mt 28,20).

b) Ele será o salvador de Israel, quando este tiver os ramos reintegrados (Rm 11,24). Deus promete apartar os pecados de Jacó. Isto só pode acontecer quando Israel reconhecer o Messias que é o nosso Senhor Jesus.

c) Jesus Cristo é a base de nossa esperança. Aguardamos a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e salvador Jesus Cristo (Tt 2,14).

d) Jesus Cristo acompanha "o termômetro" da ira de Deus, que está subindo cada dia (Rm 2,5). Quando esse termômetro chegar à marca predeterminada por Deus, explodirá a ira do Cordeiro (Ap 6). Em relação ao futuro, Jesus julgará o mundo.

e) Ele, justo juiz, julgará as nações com cetro de ferro (Sl 2,9], bem distinto de um cetro de pau ou de borracha. Não haverá mais possibilidade de arrependimento. Todos nós compareceremos, individualmente, diante do tribunal de Cristo para recebermos o bem e o mal que tivermos feito, durante a vida em nosso corpo: prestaremos contas dos nossos talentos ganhos e das nossas falhas, para serem ju1gados no tribunal de Cristo (2Co 5,10; Rm 14,10). Dele receberemos elogios ou nós nos afastaremos dele envergonhados (lJo 2,28).

A conclusão é o reconhecimento à supremacia e à singularidade de Cristo. Ambas têm a mesma significação. Se Cristo é supremo, nossa vida e nossa igreja precisam se encaixar nessa suprema autoridade. Onde quer que procuremos, no Novo Testamento, notamos a incontestável sublimidade de Jesus Cristo. Sua singularidade se encontra do início ao fim. Como o Alfa e o Ômega (a primeira e a última letras do alfabeto grego), tudo se relaciona com Ele. Como Tomé, prostremo-nos e adoremo-Lo.

Dr. Russell P. Shedd, missionário há mais de 35 anos no Brasil, é teólogo, escritor e conferencista. Revista Raio de Luz Ano 30 – Edição 116 – Abril de 2000.

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