por
Dr. John F.
MacArthur, Jr.
Introdução
Não há doutrina mais
importante para a teologia evangélica do que a doutrina da justificação pela fé
somente - o princípio sola fide da Reforma. Martinho Lutero o definia
como sendo o artigo que determinava se uma igreja estava de pé ou caindo.
A própria Bíblia coloca sola
fide como única alternativa a um sistema de justiça pelas obras que leva à
maldição. "Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e
sim como dívida. Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o
ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça"(Rm 4.4,5, ênfase
acrescentada). A apostasia de Israel se baseou no seu abandono da justificação
somente pela fé: "Desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer
a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus"(Rm 10.3). Em outras
palavras, aqueles que confiam em Jesus Cristo para a justificação pela fé
somente recebem uma justiça perfeita que lhes é atribuída. Os que tentam
estabelecer sua própria justiça ou misturam fé com obras só recebem o salário
terrível que é o devido aqueles que não alcançam o alvo.
Na verdade, a
justificação foi a doutrina que acendeu a Reforma. A teologia católica havia
negligenciado o assunto por séculos. Roma estava despreparada para responder ao
desafio doutrinário dos primeiros reformadores. Por isso, a resposta inicial da
Igreja foi desviar o debate para a questão das reformas morais e eclesiásticas.
Martinho Lutero ficou frustrado pela relutância de Roma em falar sobre
doutrina, especificamente sobre a justificação pela fé. Ele até declarou que
teria prazer em ceder ao papa em matérias eclesiásticas se o papa abraçasse o
verdadeiro evangelho. Lutero entendeu que todas as ofensas morais e
eclesiásticas toleradas pela Igreja foram em última instância resultado do
obscurecimento da justificação. A doutrina da justificação somente pela fé
teria automaticamente posto fim à venda de indulgências e outros abusos do
poder eclesiástico.
Portanto, quando a
pregação dos reformadores sobre a justificação pela fé começou a despertar as
massas para a verdade da Bíblia, foi inevitável que a Igreja Católica Romana
respondesse.
O Evangelho segundo Roma
A Igreja finalmente
expôs seus pontos de vista sobre a justificação em meados do século XVI no
Concílio de Trento, e muito do trabalho do Concílio visava especificamente
colocar a doutrina católica em forte contraste às idéias protestantes. No
tratamento dado à justificação, mais do que em qualquer outro ponto, a
divergência entre Roma e os reformadores é bem acentuada.
Os Cânones e Decretos de
Trento não são meramente a opinião arcaica de alguns bispos medievais.
Representam a posição oficial da Igreja [Católica Romana] até o dia de hoje.
Todos os concílios católicos subseqüentes têm reafirmado de maneira uniforme os
pronunciamentos de Trento. Na verdade, o Segundo Concílio Vaticano dos anos 60
declarou serem essas doutrinas "irreformáveis". Ordena-se a todos os
católicos fiéis que as recebam como verdade infalível. Portanto, para entender
a doutrina católico-romana da justificação, precisamos retornar ao Concílio de
Trento.
Trento não negou
abertamente que os crentes sejam salvos pela divina graça. Para dizer a
verdade, o Concílio declarou especificamente que "Deus justifica os
pecadores pela graça, por meio da redenção que está em Jesus Cristo".(1)
Isso, é claro, é um eco de Romanos 3.24. Mas a Escritura vai um passo além do
que Trento estava disposto a ir. Romanos 11.6 diz: "E, se é pela graça, já
não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça". Trento assumiu
uma posição que fazia com que as obras fossem parte essencial da justificação.
Fazendo assim, ficaram só com uma graça que "já não é graça".
Portanto, embora Trento começasse com uma afirmação da graça divina, a doutrina
da justificação que descreveu realmente é já um "outro evangelho" que
corrompe a graça de Deus.
O Conselho viu a
justificação como um processo pelo qual o pecador é realmente tornado justo. Em
outras palavras, Trento dizia que a justificação compreende todo o processo de
santificação. Segundo o Concílio, a justificação é "não meramente a
remissão de pecados, mas também a santificação e renovação do homem interior,
pela recepção voluntária da graça e dos dons pelos quais um homem injusto se
torna justo".(2)
Além disso, segundo o
Concílio, a justificação é um processo que dura toda a vida.(3) Na verdade, o
processo se estende além dessa vida e entra na outra. O purgatório é necessário
para apagar a dívida toda do castigo eterno:
"Se alguém diz que
a culpa é perdoada a todo pecador penitente depois de ter sido recebida a graça
da justificação, e que a dívida do castigo eterno é de tal maneira apagada que
não fica nenhuma dívida de castigo temporal para ser descontada, seja neste
mundo, seja no próximo ou no Purgatório, antes que a entrada ao reino dos céus
possa ser aberta - que seja anátema".(4)
Não há garantia alguma
de que alguém há de perseverar no processo,(5) e alguns poderão cair pelo
caminho e ser perdidos para sempre. Mas "aqueles que, pelo pecado, tiverem
caído da graça da justificação recebida poderão ser novamente justificados...
pelo sacramento da penitência".(6)
Em outras palavras, as
boas obras são necessárias para preservar a justificação, e quando os crentes
pecam, precisam ganhar de novo sua justificação por meio de um ritual
religioso. Isso é uma negação inconfundível do Sola Fide.
Ao mesmo tempo que
prestava falso culto à importância da fé na justificação, Trento declarava que
a causa instrumental da justificação (o meio pelo qual é obtida) não é a fé; e
sim "o sacramento do batismo".(7)
E dentro desse mesmo
raciocínio, o Concílio determinou: "Se alguém disser que a justiça
recebida não é preservada e que também não é aumentada perante Deus por boas
obras, mas que essas obras são apenas frutos e sinais da justificação obtida, e
não a causa desse aumento, que ele seja anátema".(8) Em outras palavras,
as obras são necessárias para se obter, preservar e aumentar a justificação. Se
as obras não forem acrescidas à fé, a justificação não atinge o seu alvo.
Até mesmo a graça é
conferida por meio de obras no sistema católico-romano:
"Se alguém disser
que pelos ditos sacramentos ... a graça não é conferida por meio da obra
executada, e [disser] que a fé nas promessas divinas sozinha é suficiente para
obtenção da graça, que seja ele anátema".(9)
O Concílio emitiu ainda
um repúdio à sola fide: "Se qualquer pessoa disser que pela fé somente o
pecador é justificado, com o sentido de que nada mais seja requerido para
cooperar a fim de obter a graça da justificação... que ele seja
anátema".(10) Em outras palavras, Trento decretou que qualquer pessoa que
afirme ser justificado com base na fé sozinha sem as obras, será condenada à
maldição eterna.
Graça Infundida, e Não Justiça Imputada
Como se notou
anteriormente, quando a justificação é misturada com a santificação, a base
para a justificação torna-se a justiça imperfeita do próprio pecador, em vez da
justiça perfeita de Cristo. Trento reconhecia isso de modo explícito:
"Se alguém disser
que os homens são justificados seja pela imputação da justiça de Cristo
somente, seja pela remissão de pecados somente, para exclusão da graça e amor
que é derramado em seus corações pelo Espírito Santo e que é inerente neles; ou
mesmo que a graça pela qual somos justificados é somente o favor de Deus - que
ele seja anátema".(11)
Aqui o Concílio estava
claramente contradizendo o ensino da Reforma, que a justiça perfeita de Cristo,
atribuída como crédito na conta do pecador, é a base mediante a qual nós somos
aceitos diante de Deus. Em lugar disso, o Concílio declarou que a graça é
infundida no coração do crente, resultando numa justiça que é inerente (i.e, a
justiça do próprio crente). Essa justiça inerente - que precisa ser
aperfeiçoada pela santificação e purgatório - oferece a base para que sejamos
aceitos diante de Deus.
Um outro Evangelho, e Não a Mensagem Bíblica
A Escritura não ensina
nada disso. Na verdade, a doutrina católica da justificação é precisamente o
que Paulo condenou como sendo "um outro evangelho". De acordo com a
Bíblia, Deus "atribui justiça independentemente de obras"(Rm 4.4-6).
Paulo considerava todas as outras coisas como lixo e refugo por amor a uma
doutrina correta da justificação: "para conseguir a Cristo e ser achado
nele, não tendo justiça própria que procede de lei, senão mediante a fé em
Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé" (Fp 3.8,9, ênfase
acrescentada). Isso é um repúdio claro da própria doutrina ensinada pelo
Concílio de Trento!
A Bíblia também ensina
que a justificação é um ato declarativo de Deus, e não um processo. Jesus
prometeu salvação imediata aos crentes: "quem ouve a minha palavra e crê
naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da
morte para a vida"(Jo 5.24). Esse versículo afirma claramente que na base
da fé somente, os pecadores passam da morte para a vida eterna. A santificação
é resultado, não pré-requisito; e o purgatório sequer é mencionado na
Escritura. De fato, onde quer que a Bíblia fale da justificação dos crentes,
sempre fala de um evento no pretérito que ocorreu no momento da fé:
"[Tendo sido] Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por
meio de nosso Senhor Jesus Cristo"(Rm 5.1, ênfase acrescentada).
"Como agora fomos justificados pelo seu sangue, muito mais ainda seremos
salvos da ira de Deus por meio dele!"(Rm 5.19 NIV, ênfase acrescentada).
"Agora, pois, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus"(Rm 8.1, ênfase acrescentada). Nossa justificação é um fato realizado,
não um projeto inacabado.
A Bíblia também
esclarece que a justificação é pela fé somente, não pela fé mais as obras:
"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é
dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie"(Ef 2.8,9).
A justificação pela fé
somente é e sempre foi o único caminho da salvação:
"Pois que diz a
Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça. Ora, ao
que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como dívida. Mas,
ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é
imputada como justiça. E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado o
homem a quem Deus imputa justiça, independentemente de obras" (Rm 4.3-6).
O que devemos fazer para
sermos salvos? A Bíblia responde a essa pergunta nos termos mais claros
possíveis: "Crê no Senhor Jesus e serás salvo"(At 16.31). As obras
não fazem parte nenhuma de nossa justificação. A única coisa que pode tornar
qualquer pecador aceitável a Deus é o mérito imputado do Senhor Jesus Cristo.
O Evangelho de acordo com Jesus
É certo que se a
justificação pela fé somente é uma doutrina tão crucial, seria de se esperar
que a encontrássemos ensinada de maneira clara pelo nosso Senhor. De fato, é
precisamente isso que descobrimos.
Embora Cristo não tenha
dado nenhuma explicação formal da doutrina da justificação (como fez Paulo em
sua Epístola aos Romanos), a justificação pela fé fundamentava e permeava sua
pregação do evangelho. Embora Jesus nunca tenha discursado sobre o assunto, é
fácil demonstrar a partir do ministério evangelístico de Jesus que ele ensinava
a sola fide.
Por exemplo, foi o
próprio Jesus quem declarou: “quem ouve a minha palavra e crê...passou da morte
para a vida” (Jo 5.24) – sem passar por qualquer sacramento ou ritual, e sem
qualquer período de espera ou purgatório. O ladrão na cruz é o exemplo
clássico. Mediante a prova de sua tão pequenina fé, Jesus lhe disse: “Em
verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”(Lc 23.43). Não foi exigido
nenhum sacramento, nenhuma obra, para que ele obtivesse a justificação.
E mais ainda, as muitas
curas que Jesus realizou foram evidência física de seu poder de perdoar pecados
(Mt 9.5,6). Quando curava, ele com freqüência dizia: “a tua fé te salvou” (Mt
9.22. Mc 5.34; 10.52; Lc 8.48; 17.19; 18.42). Todas essas curas foram lições
concretas sobre a doutrina da justificação pela fé somente.
Mas a ocasião única em
que Jesus realmente declarou alguém “justificado” oferece o melhor vislumbre
para se entender a doutrina conforme ele a ensinou:
"Propôs também esta
parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e
desprezavam os outros. Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar:
um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si mesmo,
desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens,
roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas
vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando de
pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito,
dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu
justificado para a sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será
humilhado; mas o que se humilha será exaltado" (Evangelho Segundo Lucas
18.9-14, ênfase acrescentada)
Essa parábola certamente
chocou os ouvintes de Jesus! Eles "confiavam em si mesmos, por se
considerarem justos" (v. 9) - a definição exata de farisaísmo. Seus heróis
teológicos eram os fariseus, que se atinham aos mais rigorosos padrões
legalistas. Jejuavam, exibiam suas orações e doação de esmolas, faziam muito
mais do que era exigido quando da aplicação das leis cerimoniais que Moisés
tinha realmente prescrito. "Quanto à justiça que há na lei", consideravam-se
"irrepreensíveis" (cf. Fp 3.5,6).
Contudo, Jesus tinha
deixado multidões pasmas quando disse: "se a vossa justiça não exceder em
muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus" (Mt
5.20) - seguido de "sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai
celeste" (Mt 5.48). Não há dúvida de que ele estabeleceu um padrão
humanamente impossível, pois ninguém poderia superar a vida rigorosa dos
escribas e fariseus.
Em seguida pasmou ainda
mais os ouvintes com uma parábola que parecia colocar um cobrador de impostos
detestável em melhor posição quanto à espiritualidade do que um fariseu que
orava.
A lição de Jesus é
clara. Estava ensinando que a justificação é pela fé somente. Toda a teologia
da justificação está ali contida. Mas sem entrar em teologia abstrata, Jesus
nos pinta o quadro com uma parábola.
Um Ato Judicial de Deus
A justificação do
cobrador de impostos foi uma realidade que aconteceu no mesmo instante. Não
houve processo, intervalo de tempo, nem medo do purgatório. Ele "desceu justificado
para sua casa" (Lc 18.14) - não por causa de qualquer coisa que tivesse
feito, mas por causa daquilo que fora feito a seu favor.
Observe que o cobrador
de impostos compreendia sua própria falta de capacidade. Ele tinha uma dívida
impossível e sabia que não tinha meios de pagá-la. Tudo que podia fazer era se
arrepender e rogar por misericórdia. Compare sua oração com a do fariseu
arrogante. Que contraste! Ele não recitou o que havia feito. Sabia que mesmo
suas melhores obras eram pecado. Não ofereceu fazer nada por Deus. Simplesmente
rogou pela misericórdia divina. Estava buscando que Deus fizesse por ele aquilo
que ele próprio não podia fazer. Essa é a natureza da "penitência"
que Jesus pedia.
Pela Fé Somente
Além disso, esse homem
saiu justificado sem fazer nenhum ato de penitência, sem realizar uma só obra
meritória que fosse. Sua justificação estava completa sem qualquer uma dessas
coisas porque aconteceu só pela fé. Tudo que era neessário para expiar seu
pecado e lhe dar perdão já fora feito por ele. Estava justificado pela fé
naquele momento.
Repetindo, ele se
contrasta totalmente com o fariseu presunçoso, tão certo de que todos seus
jejuns e dízimos e outras obras o tornavam aceitável para Deus. Mas enquanto o
operoso fariseu continuava não-justificado, o coletor de impostos crente
recebia a plena justificação pela fé somente.
Uma Justiça Imputada
Você se lembra da
declaração de Jesus no Sermão do Monte "se a vossa justiça não exceder em
muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus" (Mt
5.20)? Contudo aqui ele afirma que esse cobrador de impostos - o mais ímpio dos
homens - estava justificado! Como um pecador desse pôde obter uma justiça que
excedia a do fariseu? Se o padrão é a perfeição divina (v.28), como podia qualquer
cobrador de impostos traidor tornar-se justo aos olhos de Deus?
A única resposta
possível é que recebeu uma justiça que não era dele próprio (cf. Fp 3.9). A
justiça lhe foi atribuída mediante a fé (Rm 4.9-11).
De quem era a justiça
que foi atribuída a ele? Só podia ser a justiça perfeita de um Substituto sem
defeito, que por sua vez devia suportar os pecados do cobrador de impostos e
sofrer penalidade da ira de Deus em lugar dele.
O cobrador de impostos
ficou justificado. Deus o declarou justo, atribuindo-lhe a plena e perfeita
justiça de Cristo, perdoando-o de toda injustiça, e livrando-o de toda
condenação. Depois disso ele se apresentou diante de Deus para sempre na
posição de perfeita justiça que tinha sido computada a seu favor.
Esse é o sentido da justificação.
É o único evangelho verdadeiro. Todos os outros pontos da teologia emanam
desse. Como escreveu Packer: "A doutrina da justificação pela fé é como
Atlas: suporta um mundo em seus ombros, o conhecimento evangélico completo da
graça salvadora".(12) A diferença entre Roma e os reformadores não está em
teimas sob minuciosidades teológicas. Um entendimento correto sobre a
justificação pela fé constitui o fundamento do evangelho. Não é possível errar
nesse ponto sem corromper junto todas as outras doutrinas. E é bem por isso que
todo "outro evangelho" está sob maldição eterna de Deus.
Realmente, não se pode
dizer que Lutero tenha inventado a idéia da justificação pela fé somente.
Muitos anos antes de Lutero ela foi ensinada por Santo Agostinho, por Paulo,
por Jesus e por Moisés. Mesmo remontando ao Jardim do Éden, Adão e Eva
perceberam logo após o seu pecado que as folhas da figueira com que tentaram
cobrir a vergonha do que fizeram eram deploravelmente inadequadas. O evangelho
é dado em Gênesis 3.21 quando Moisés nos diz que Deus os vestiu. Precisavam de
algo que não podiam providenciar por si próprios; é Deus dando ao homem aquilo
de que carecia para se posicionar na presença favorável dele - esta é a
essência do evangelho. Lutero só reafirmou o que os cristãos já compreendem há
séculos, que a justificação é pela fé somente.
_________________________
Notas
1
Cânones e Decretos do Concílio de Trento, seção 6, cap.6.
2
Trento, seção 6, cap 7.
3
Trento, seção 6, cap. 10.
4
Trento, seção 6, cânone 30.
5
Trento, seção 6, cap. 13.
6
Trento, seção 6, cap. 14.
7
Trento, seção 6, cap 7.
8
Trento, seção 6, cap. 24.
9
Trento, seção 7, cânone 8.
10
Trento, seção 6, cânone 9.
11
Trento, seção 6, cânone 11.
12
Parker, em Buchanan, p.2.
Fonte:
Justificação Pela Fé Somente, Editora Cultura Cristã. Copyright 1995, Soli Deo Gloria Publications. Originalmente
publicado em inglês com o título Justification by Faith ALONE . Artigo
sumariado, reproduzido com autorização da Editora Cultura Cristã.
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