Carlos Ribeiro Caldas
Filho*
RESUMO
A Igreja
Presbiteriana do Brasil (IPB) é denominação evangélica, conservadora e
confessional, alinhada com os princípios e pressupostos teológicos da Reforma
Protestante do século XVI, mais precisamente com a vertente conhecida como
calvinista, que tem, como o próprio nome indica, em João Calvino (1509-1564)
sua principal referência de articulação. A questão levantada pelo presente
ensaio é: que lugar tem ocupado os estudos em João Calvino na preparação formal
que a IPB proporciona aos seus (futuros) pastores?
PALAVRAS-CHAVE
Educação teológica – calviniana – teologia sistemática.
Os primórdios da educação teológica na IPB
A Igreja
Presbiteriana do Brasil (IPB) tradicionalmente tem considerado a data 12 de
agosto de 1859, que marca a chegada ao Brasil do jovem Ashbell Green Simonton,
o primeiro missionário enviado pelo Board
(Junta de Missões) de Nova Iorque da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos,
como sendo sua data de aniversário. Em um ministério curto, de apenas oito
anos, Simonton, mercê de Deus, planta igreja (a Igreja Presbiteriana do Rio de
Janeiro, organizada em 1862, que lógica e conseqüentemente, é a igreja “mãe” de
todo o presbiterianismo brasileiro), funda o Imprensa Evangélica, o primeiro jornal evangélico do Brasil, um
presbitério (o Presbitério do Rio de Janeiro) e ainda o primeiro seminário
teológico evangélico do Brasil, também na cidade do Rio de Janeiro[1].
Desde o início de sua trajetória neste país, a IPB tem manifestado preocupação
quando à formação teológica de seus pastores. Aliás, a tradição presbiteriana
em todo o mundo tem se caracterizado desde seus primórdios, no século XVI, pelo
zelo na formação de pastores com alto nível de conhecimento teológico. No
Brasil, verifica-se, como acima afirmado, que muito cedo um seminário teológico
é organizado. De fato, sem qualquer ufanismo denominacional, fica-se
impressionado ao constatar que, tão cedo quanto 1867 (apenas oito anos após a
chegada de Simonton ao Brasil e cinco após a organização da Igreja
Presbiteriana do Rio de Janeiro), já havia candidatos ao ministério pastoral.
Miguel Gonçalves Torres, Antonio Trajano (de Portugal) e Modesto Perestrelo de
Barros Carvalhosa (da Ilha da Madeira) iniciaram seus estudos teológicos, sob a
orientação de Simonton, Carlos Wagner (pastor da igreja luterana) e Francis
Schneider (o terceiro missionário que a Junta de Nova Iorque enviou ao Brasil).
Em 1868, Antonio de Cerqueira Leite, paulista de Brotas, junta-se ao trio
lusitano[2]. A
preparação acadêmica incluía estudos em língua grega, história eclesiástica,
ciências, matemática e teologia. A experiência do “Seminário Primitivo” tem
quatro anos de duração[3]. Em
8 de setembro (data considerada aniversário do atual Seminário Presbiteriano do
Sul em Campinas) de 1888 o primeiro Sínodo da IPB resolve “como interesse da
mais alta importância” organizar “um seminário teológico o mais breve possível”[4].
Mais tarde, em 1892, organizar-se-á
seminário em Nova Friburgo (RJ), com três alunos matriculados: Franklin do
Nascimento, Alberto Meyer e Alfredo Guimarães. Relata-se que estes três
prestaram provas de “Ciência Mental, Ciência Moral, Hermenêutica, Retórica
Sagrada, História do Velho Testamento até à Divisão do Reino, os Evangelhos,
História e Teologia Sistemática até Santificação”[5].
Em 1895 o seminário se transfere para a capital de São Paulo[6]. Mais
tarde (1907), o seminário mais uma vez muda de localização geográfica, indo
para Campinas, no interior[7]. Devido
à imensidão geográfica do país, cria-se ainda um seminário teológico em
Pernambuco[8].
Antes de prosseguir, deve-se deixar claro que não é propósito deste texto
tratar do restante da história dos seminários teológicos da IPB ou mesmo da
história da educação teológica da denominação. Antes, pretende-se tão somente,
após a apresentação destas breves notas históricas, que servem como introdução
ao tema proposto, comentar sobre o papel dos estudos em João Calvino na
educação teológica formal da IPB.
Algumas
ênfases da educação teológica na IPB
A IPB jamais perdeu sua preocupação
com o oferecimento de educação teológica de qualidade aos seus pastores. Uma
pesquisa no Digesto Presbiteriano (DP), posto que rápida, mostrará como sempre
em reuniões da Comissão Executiva do Supremo Concílio da IPB (CE/SC-IPB) e
também em reuniões ordinárias e/ou extraordinárias do próprio Supremo Concílio
(SC), encontram-se registros de decisões referentes à educação teológica da
denominação. Exemplo: a reunião extraordinária do SC de 1951 decide sobre a
grade curricular do curso de Licenciatura em Teologia, com quatro anos de
duração (à época, o curso de Bacharel em Teologia tinha cinco anos de duração),
previsto para “vocações tardias”. Tal grade contempla três anos de estudo de
Teologia Sistemática[9]. Mas
nada específico em estudos de Calvino. Este exemplo é suficiente para ilustrar
a tendência geral seguida pela denominação. Em 1988 no entanto, em reunião
extraordinária, o SC/IPB delibera sobre uma mudança notável quanto à grade
curricular do curso de Bacharel em Teologia. Aprova-se o relatório da comissão
especial nomeada para estudar e apresentar proposta de reformulação do ensino
teológico da denominação. Quanto ao estudo de teologia propriamente, o
relatório apresenta o seguinte:
Teologia – Institutas I, Teologia – Institutas II, Teologia Sistemática
I, Teologia Sistemática II, Teologia Sistemática III, Teologia Contemporânea,
Apologética, Heterodoxia I, Heterodoxia II, Ética Cristã[10].
Pela primeira vez na história da denominação surge uma proposta concreta
de redução do peso concedido à teologia sistemática, e de inclusão de um curso
para o estudo específico das Institutas. Com justiça, o SC-IPB registrou na
citada reunião de 1988 voto de agradecimento ao Rev. Dr. Waldyr Carvalho Luz,
autor do planejamento apresentado e aprovado pelo plenário.
Algumas
observações, à guisa de conclusão:
A
educação teológica da IPB tem, ao longo da história da denominação, favorecido
o estudo da teologia sistemática em detrimento de estudos na teologia de
Calvino
Observa-se como a IPB tem
enfatizado, já por mais de século, o ensino de teologia sistemática, enquanto
os estudos na teologia de Calvino têm sido tradicionalmente relegados a segundo
plano. Neste sentido, pode-se dizer que a IPB tem vivido a “era Strong”[11],
e, mais recentemente, a “era Berkhof”[12].
Deste modo, por incrível que pareça, muitos “leigos” e pastores presbiterianos
conhecem Calvino apenas de ouvir falar. A forte ênfase em estudos em teologia sistemática
contribui para que se conheça pouco de Calvino. Não se pode ignorar advertência
proveniente de calvinólogo de escol como McGrath[13],
que com propriedade lembra que Calvino foi um teólogo bíblico, não um teólogo
sistemático, nos moldes como hoje se entende teologia sistemática. A ênfase em
teologia sistemática na formação dos pastores da IPB contribui para que Calvino
seja pouco estudado, e, conseqüentemente, pouco conhecido. Um exemplo, a um só
tempo teórico e prático, de prejuízo advindo da ênfase excessiva em teologia
sistemática em detrimento de estudos em Calvino: o tema da oração, de inegável
importância para a vida e para a espiritualidade cristã, é ausente em Berkhof. Já
Strong trata brevemente do tema da oração em sua discussão sobre a doutrina da
providência[14]. No
entanto, Calvino dedica um capítulo inteiro das Institutas para tratar deste tema[15]. Poder-se-ia
ainda falar de outros aspectos benéficos de uma (re)descoberta de Calvino:
maior ênfase em uma espiritualidade fervorosa, da Palavra e do Espírito, maior
ênfase à exposição da Palavra, com mais atenção à exegese do texto bíblico, e
aplicação a situações concretas de vida, maior correção teológica quanto ao
mistério da salvação (Calvino aparentemente afirmou uma ordo salutis marcada por simultaneidade, e não cronológica, como
John Murray, e talvez Louis Berkhof) maior equilíbrio entre os temas da
justificação, da regeneração e da santificação, e outras mais. Com a ênfase em
teologia sistemática, estudar-se-á Calvino o mais das vezes de modo apenas tangencial,
quando o autor do manual de sistemática que estiver sendo utilizado como
livro-texto da disciplina citar Calvino. Por oportuno, esclareça-se que este
texto não é contra o estudo da teologia sistemática e nem advoga a idéia de um
abandono do estudo de sistemática nos seminários denominacionais. O que se
pretende é mostrar como a educação teológica denominacional tem enfatizado o
estudo de sistemática ao mesmo tempo que não tem dado tanta ênfase ao estudo em
Calvino propriamente. A IPB será beneficiada se enfatizar estudos em Calvino no
processo de preparação formal de seus pastores. A proposta aprovada pelo
Supremo Concílio da denominação em 1988, por motivos variados, que não vem ao
caso relatar, ainda não foi efetivamente implementada[16]. Entretanto,
deve-se destacar que a partir de 2002 o Centro Presbiteriano de Pós-Graduação
Andrew Jumper (CPPGAJ) da IPB institui, pela primeira vez na história da
educação teológica da denominação, uma disciplina básica para todos os cursos
denominada “A Teologia de João Calvino”, com a seguinte ementa: “Uma
investigação da teologia de João Calvino através da investigação (sic) de
fontes primárias, prestando especial atenção às Institutas e aos seus
Comentários. Interpretações passadas e presentes da teologia Calvinista serão
também objeto de análise”[17].
Trata-se certamente de novidade saudável para a preparação teológica em nível
de pós-graduação dos professores de seminários da IPB, público-alvo por
excelência deste denominacional programa de pós-graduação da denominação. Espera-se
que a denominação colha frutos sazonados deste esforço deliberado em tornar
Calvino conhecido.
A
academia brasileira e a educação teológica da IPB necessitam de um “humanismo”
calvinista
É
conhecido o lema humanista ad fontes ac
fontibus – “às fontes e a partir das fontes”. A academia brasileira, não
importa se teológica ou não, vive, grosso modo, uma polarização, no que tange a
João Calvino e seu inegavelmente denso legado teológico: ou há uma demonização
da figura de Calvino, ou, em atitude diametralmente oposta, uma forte tendência
à idealização ou até mesmo uma idolatria do Reformador de Genebra. Observa-se
que ambas as posições extremadas, academicamente viciadas e malsãs, muitas
vezes são marcadas, curiosa e ironicamente, por ignorância e desconhecimento do
que Calvino realmente disse. De modo que, tanto “calvinófobos” como
“calvinólatras” precisam de um “humanismo” calvinista, uma (re)leitura de
Calvino. Ad fontes! Um breve
exercício de comparação: a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil
(IECLB) e a Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB), denominações luteranas
do Brasil, através de sua Comissão Interluterana de Literatura, já têm
publicado 18 títulos de Lutero em português[18]. Tratam-se
de livros de bolso, na verdade, uma revisão popular das obras de Lutero. Mas
não há dúvida que trata-se de esforço sério para tornar Lutero conhecido dos
luteranos. A IPB, sendo a maior denominação presbiteriana do Brasil, deve
envidar esforços para que haja mais textos de Calvino na língua pátria. Esta é
a próxima consideração deste artigo.
Há
necessidade de tradução de textos de Calvino para a língua portuguesa
Para que o “humanismo” calvinista aconteça, há necessidade mais que
urgente que se realizem traduções críticas da imensa obra de Calvino para a
língua portuguesa. Neste sentido a IPB, como a maior denominação calvinista do
Brasil, tem importante papel a cumprir. Não se pode deixar de observar a demora
para a publicação em português das Institutas
da Religião Cristã, magnum opus
de Calvino. Quanto a isso, deve-se lembrar que em 1959 a reunião extraordinária
da CE-SC/IPB registra em seu documento 13:
1) Oficiar com urgência à Aliança Presbiteriana Mundial informando que a
IPB está trabalhando na tradução das Institutas.
5) Incluir no Orçamento de 1960 as verbas necessárias ao início da
tradução[19].
Passados mais de dez anos a
tradução ainda não estava concluída, pois em 1970 o Congresso Nacional da UPH
(União de Homens Presbiterianos) encaminha à direção da IPB pedido que fosse
feita esta tradução. Foi solicitado ao erudito Rev. Dr. Waldyr Carvalho Luz (o
primeiro pastor da IPB a doutorar-se no exterior) que realizasse a tradução. Em
1985 a editora da denominação lança a tão esperada obra[20]. Há
que se reconhecer o trabalho árduo e meticuloso do tradutor, que não apenas
traduziu da edição latina de 1559[21],
mas cotejou sua tradução com a edição francesa de Pierre Marcel e Jean Cadier
(1955), com a inglesa de Ford Lewis Battles (1961), com a alemã de Karl Müller
(1928) e com a espanhola de Cipriano de Valera (versão revisada de 1967)[22] –
sem dúvida, um esforço colossal, digno de respeito e admiração. Não obstante os
altos encômios que esta tradução indubitavelmente merece, não se pode negar que
o estilo utilizado na mesma não raro acaba por prejudicar a compreensão dos
leitores, mormente dos com níveis de escolaridade não muito elevados.
Além das Institutas, há pouca
coisa de Calvino no vernáculo: uma editora não oficialmente denominacional, tem
publicado sistematicamente comentários de Calvino em português. Entretanto, não
são traduzidos do latim, mas do inglês, ou seja, uma tradução da tradução[23]. Há
ainda em português outro pequeno texto de Calvino, também publicado por editora
não oficial da denominação[24].
Conclui-se que a calviniana
brasileira está tão somente engatinhando. Ainda muito precisa ser feito para
que estudiosos brasileiros leiam Calvino em português.
Urge que aconteça um esforço para
aplicar o ensino de Calvino à realidade brasileira contemporânea
É
preciso ultrapassar uma atitude que visa apenas glorificar o reformador de
Genebra. Antes, há necessidade de (re)descobrir e adaptar o ensino de Calvino à
situação vivencial (Sitz im Leben) do
Brasil do início do século XXI. Em outras latitudes, especialmente no mundo de
língua inglesa, tem surgido uma pletora de pesquisas em temas teológicos em
perspectiva calvinista. É rica a calviniana
francófona e anglófona. Sem a menor pretensão de esgotar a (imensa) lista,
citam-se, inter alia, Biéler (1970), Schreiner (1994), Dowey Jr. (1994),
Douglass (1995), Torrance (1997), Pitkin (1999), Stevenson (1999), Muller
(2000). Este esforço demonstra preocupação de estudiosos em ler e aplicar
Calvino a diversas situações. Os já citados luteranos da IECLB têm produzido
pesquisas que são produto de sua (legítima) preocupação em contextualizar
Lutero à realidade brasileira[25]. É
evidente o contraste com a IPB: por enquanto, há poucas pesquisas que procurem
contextualizar Calvino ao contexto brasileiro, ou pesquisas de brasileiros em
temas da calviniana[26]. Dentre
os poucos, podem-se citar uma biografia de Calvino[27] e
uma introdução a Calvino[28]. Por
que, até o momento, tão poucos textos? Ac
fontibus!
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ABSTRACT
The Presbyterian Church of Brazil (PCB) is an
evangelical, conservative and confessional denomination, aligned with
theological principles and pressupositions derived from the XVI Protestant Reformation,
specificaly with its Calvinist branch, which finds of course in John Calvin
(1509-1564) its main thinker and reference. The question raised by this essay
is: what is the place of Calvin studies in the official formation the PCB
offers to its (future) ministers?
KEY WORDS
Theological education – calviniana – Systematic Theology.
*
Ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil. Bacharel em Teologia (Seminário
Presbiteriano do Sul – Campinas, SP); licenciado em Letras (Português/Inglês)
pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caratinga (MG), tendo
lecionado em ambas as instituições. Mestre em Missiologia (Centro Evangélico de
Missões – CEM – Viçosa, MG), onde também lecionou e exerceu o cargo de Diretor
Acadêmico. Doutor em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São
Paulo. Atualmente leciona na Escola Superior de Teologia e no Centro
Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper da Igreja Presbiteriana do Brasil,
na Universidade Presbiteriana Mackenzie, (São Paulo, SP).
[1]
Cf., inter alia, César (1994, passim); Hahn (1989:153-167); Caldas (2001:
32-33).
[2]
Cf. Pierson (1974:24).
[3] Cf. Ferreira (1959: 60-63); Ribeiro
(1987:211).
[4]
Cf. Ferreira (1959:81).
[5]
Cf. Ferreira (1959:265).
[6]
Cf. Ferreira (1959:284-287).
[7]
Cf. Ferreira (1959:85).
[8]
Sobre a história dos primórdios do Seminário Presbiteriano do Norte, em Recife,
consultar, inter alia, Ferreira (1959:80-84).
[9] DP
1951-1960, p. 23.
[10]
DP 1985-1992, p. 168.
[11]
Strong (1954), teólogo sistemático batista norte-americano de orientação
reformada, autor de uma teologia sistemática que por muitos anos foi utilizada
como livro-texto nos seminários da IPB.
[12] Berkhof
(1990), teólogo sistemático reformado norte-americano, autor de uma teologia
sistemática que substituiu Strong como livro-texto nos seminários da IPB.
[13]
McGrath (1998:165-167).
[14]
Strong (1954:433-438).
[15]
Calvino (1985: XX, III, 314-383). Observe-se que a Confissão de Fé de
Westminster (CFW) trata en passant do
tema da oração, em seu capítulo XXI (Do culto religioso e do Domingo), artigos
III e IV. Já o Catecismo Maior de Westminster apresenta ensino sobre a oração,
e, à semelhança do Catecismo de Heidelberg (perguntas 116-129), uma exposição
da Oração do Senhor (perguntas 178-196).
[16] Na reunião ordinária de 1990, Doc. CLXXVI, quanto ao
doc. 65 da Junta de Educação Teológica, encaminhando proposta de Reforma da
Grade Curricular dos Seminários Presbiterianos, está registrado que “a Grade
Curricular aprovada pelo SC/IPB – extraordinário de 1988 só foi aplicada de
forma regular em um Seminário e sua Extensão, que em outros três Seminários foi
aplicada de forma irregular”. O mesmo documento reitera e estabelece que os
seminários façam cumprir a grade curricular aprovada.
[18] A
lista completa das obras de Lutero em português publicadas pela Sinodal aparece
nas Referências Bibliográficas, ao final deste texto.
[19]
DP 1951-1960, p. 257.
[20]
Calvino (1985, 1989).
[21]
Para uma lista das edições das Institutas
de 1536 até 1600, consultar McGrath (1990:141-142).
[22]
Luz in Calvino (1985:10).
[23]
Calvino (1995, 1996, 1997a, 1997b, 1998a, 1998b, 1998c, 1999a, 1999b, 2000).
[24] Calvino
(2000).
[25] Cf., Altmann (1994), Fuchs (2001), Fischer
(1991).
[26]
Cf. Ferreira (1988); Lopes.
[27] Lessa
(s.d.).
[28]
Ferreira (1985).
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